Business Intelligence não se compra, se constrói
Business Intelligence
Business Intelligence ou o famoso BI (pronuncia-se BI AI) que traduzido significa Inteligência de Negócios não é um software, não é um serviço em nuvem, não é um aplicativo de smartphone.
BI é um conceito que tem como objetivo principal gerar informações a partir de um conjunto de dados. E para que servem estas informações? Para que as empresas possam tomar decisões fundamentada em fatos e terem a possibilidade de acompanharem métricas e indicadores de desempenho empresarial. Digamos que o BI pode ser considerado um computador de bordo empresarial que fica o tempo todo servindo como fonte de consultas de informações. Normalmente uma informação também é relacionada com outras informações produzindo assim um conhecimento mais amplo, facilitando a tomada de decisões e a escolha de melhores ações para atingir os objetivos estratégicos.
É importante destacar que existe uma diferença grande entre tomar uma decisão embasada em informações com uma decisão embasada no achismo. E o BI entra justamente nesse meio campo para encurtar as distâncias e servir como apoio na tomada de decisão e análises do negócio.
No momento em que escrevo este artigo, até podemos usar como exemplo o caso da Ford que decidiu encerrar sua produção no Brasil. Será que uma decisão dessa proporção foi tomada no achismo? Com certeza não. É muito provável que empresas desse porte além de utilizarem BI devem fazer uso de análises muito mais avançadas envolvendo análise estatística, análise de mercado e tendências, análise preditiva, Big Data e etc. Nada é decidido no achismo, pelo menos não deveria.
Conseguiu perceber o peso que uma informação ou conjunto de informações tem sobre uma tomada de decisão? Pois bem, esse é basicamente um dos propósitos da Inteligência de Negócio, servir para tomada de decisão.
Entretanto BI também permite a descoberta de informações inerentes ao negócio. E para o levantamento destas informações é necessário considerar alguns fatores básicos como por exemplo:
- entendimento do negócio;
- compreensão das necessidades e dos objetivos da empresa;
- métodos de análise;
- entendimento sobre os dados;
- limpeza e transformação de dados;
- ferramentas de BI;
- modelagem de dados;
- banco de dados;
- e por fim, a criação de dashboards (painéis) para representar de forma consolidada informações de acompanhamento para tomada de decisão.
Fica fácil perceber que o termo BI engloba uma série de fatores que devem ser trabalhados para alcançar uma determinada informação que atenda a um ou mais objetivos. E cada empresa tem objetivos distintos, cada empresa possui um volume de dados distintos, as empresas possuem culturas diferentes, algumas já são totalmente orientadas por dados (data-driven) e outras não, outras ainda estão engatinhando e percebendo o valor que o BI representa.
Veja que são muitos cenários distintos e aí fica a pergunta, será que o BI da empresa ABC serve para a empresa XYZ? Eu particularmente acredito que seja impossível. Apesar que existem Sistemas de Gestão (ERP) no mercado que já trazem BI de forma nativa e com uma série de indicadores prontos para auxiliar diversos níveis da empresa, e até mesmo a nível estratégico. Mas será que isso já seria o suficiente? Será que todas as empresas se sentiriam totalmente contempladas com uma solução desta?
Pois então, são muitas perguntas que podem surgir e quanto mais se avança mais questões podemos colocar em pauta. Mas a grande verdade é que as empresas precisam analisar dados partindo de diferentes perspectivas e para isso não existem regras, tudo se resume a uma necessidade da área de negócio, dos executivos, de uma diretoria e principalmente dos objetivos estratégicos de cada organização.
De forma geral cada projeto de BI em uma empresa o torna único, e uma das chaves de sucesso para que a Inteligência de Negócio emplaque em uma organização esta muito ligada na forma de como as empresas fazem a gestão de si próprias e aos objetivos estratégicos.
É também praticamente impossível falar de BI sem passar pela cultura organizacional. Por essa razão toda empresa que almeja ter controle sobre suas atividades e operações de forma inteligente deve considerar BI como um aliado para gestão do negócio.
Portanto a Inteligência de Negócios é algo que deve ser construído e uma das bases desse tripé depende muito do envolvimento das áreas de negócio com o propósito do BI. É preciso ter em mente que BI atravessa a empresa de ponta a ponta desde o nível operacional até o estratégico.
Considerações finais
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